sábado, 26 de setembro de 2009

Tratamentos sistémicos

Tratamentos sistémicos


Os tratamentos sistémicos não são aplicados directamente na pele, mas administrados de várias maneiras (comprimidos, injecções, fototerapia, etc.). Estes tipos de tratamentos afectam todo o organismo e, por conseguinte, são apenas utilizados nas formas graves de psoríase.

Existem muitas medicações sistémicas diferentes, incluindo:

Terapias biológicas


Os agentes biológicos são feitos a partir de fontes vivas que actuam no sistema imunitário. As terapias biológicas escudam as proteínas e células envolvidas na psoríase.

As terapias biológicas encontram-se disponíveis há muito para outras doenças, estando agora a começar a ser aprovadas para o tratamento da psoríase. Mais informações.

Ciclosporina


A ciclosporina é um fármaco que desacelera o crescimento da pele ao evitar alguma da actividade do sistema imunitário. Este medicamento é imunossupressor e antifúngico. Tem sido largamente utilizado para prevenir a rejeição de órgãos transplantados. Tem sido aprovado para o uso na psoríase, mas é normalmente reservado para os casos graves em que outras terapias falharam. Quando usado para a psoríase, a dose é muito menor do que a utilizada para a prevenção da rejeição de órgãos transplantados. Mais de 90% dos doentes registam uma remissão com a ciclosporina.

Os efeitos secundários podem ser graves, sendo necessária uma selecção e monitorização cuidadosa dos doentes quando a ciclosporina é prescrita. Os efeitos secundários graves incluem insuficiência renal e hipertensão. Os outros efeitos secundários incluem hirsutismo (crescimento piloso excessivo) e hiperplasia das gengivas. Os homens podem registar um crescimento das mamas. Outra questão importante está relacionada com o facto de quando o tratamento é interrompido a psoríase ter normalmente uma recidiva.

Fototerapia


Não se sabe exactamente como a luz actua na pele, mas sabe-se que a luz natural e as diferentes formas de tratamentos UV podem melhorar a psoríase. Os raios UV são utilizados para tratar a psoríase moderada a grave que é resistente aos cremes e pomadas tópicas.
A fototerapia é normalmente administrada numa clínica de dermatologia.

Actualmente existem três tipos de tratamento ultravioleta (UV):

  • Tratamento UVB
    Para receber este tratamento irá entrar numa caixa de luz (que não é um solário), usando óculos protectores e outro tipo de protecção. A pele é exposta a raios UVB durante um período de tempo específico. Os raios UVB devem ser administrado por um fotodermatologista experiente. A maioria dos doentes precisa de 18-30 tratamentos antes de começar a notar uma melhoria substancial.
  • Tratamento PUVA
    PUVA é a combinação da exposição a raios UVA com um agente fotossensibilizador (administrado separadamente). O tratamento PUVA é eficaz, mas os estudos recentes sugerem que acarretam um risco de lesão cutânea e de cancro.
  • UVB de banda estreita, ou fototerapia a laser
    Neste tratamento uma radiação UV de elevada intensidade é administrada com precisão nas células cutâneas afectadas. Este tipo de exposição UV é eficaz e normalmente mostra resultados após aproximadamente 10 a 13 exposições durante 3 a 4 semanas.

Metotrexato (MTX)


O MTX é um medicamento que desacelera o crescimento das células cutâneas e que suprime o sistema imunitário. Este fármaco citotóxico era originalmente utilizado para tratar o cancro, tendo sido aprovado para o uso na psoríase nos anos setenta. É eficaz, mas tóxico para as células e outros sistemas orgânicos. O MTX pode ser administrado oralmente ou por injecção.

Este medicamento não deve ser administrado a pessoas com um consumo regular de álcool, a pessoas que têm uma função hepática ou renal anormal, a imunodeficientes ou a pessoas com uma infecção activa.

As funções renal, hepática e da medula óssea têm que ser cuidadosamente monitorizadas, incluindo uma biopsia renal. O MTX pode causar defeitos congénitos ou aborto, não devendo ser utilizado em mulheres grávidas. Os outros efeitos secundários incluem anemia, náuseas, fadiga, perda de apetite, fototoxicidade, diarreia, ulceração da boca, cefaleias, febre e arrepios.

Retinóides orais


Derivados da vitamina A, estes medicamentos regulam o modo de crescimento e de descamação das células cutâneas na superfície da pele. Estes fármacos estão relacionados com a vitamina A e actuam através da normalização do crescimento dos queratinócitos. Podem ser úteis no tratamento de formas graves de psoríase que não responderam a outras terapias.

Os efeitos secundários incluem pele seca, lábios gretados, secura dos olhos e das vias nasais, sensibilidade à luz natural, enfraquecimento do cabelo, formação de espigões nos ossos longos ou na coluna vertebral. Os retinóides não podem ser utilizados em mulheres grávidas ou em mulheres que estejam a tentar engravidar. Devido aos potenciais defeitos fetais graves, as mulheres que estejam a tomar acitretina devem evitar a gravidez durante o espaço de 3 anos após terem interrompido a toma do medicamento, não devendo igualmente ingerir álcool durante 1 a 2 meses após a descontinuação.

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